Não pare seus treinamentos mesmo após ter concluído aquela prova tão esperada.
Não pare seus treinamentos por motivos alheios a sua vontade, como por exemplo uma semana mais dura no trabalho.
Não pare seus treinamentos se a prova que você pretendia participar foi cancelada ou você percebeu que não teria condições de participar, salvo se o motivo for uma lesão.
Não pare seus treinamentos por nenhum motivo fútil ou que não esteja ligado diretamente a sua saúde ou de familiares e amigos.
Não pare seus treinamentos se ficou sem algum equipamento. Se tiver sem a bicicleta, corra ou nade, se o tênis já era, nade ou pedale, se a água está fria, pedale ou corra.
Depois do Ironman da Africa do Sul, mantive meus treinamentos em menor escala. Natural depois de concluir um ironman. Participei do Sesc Brasilia e de outras corridas na cidade em que moro.
Meu erro foi desanimar e parar de treinar depois de uma série de fatores conjuntos. No início de Junho vendi minha bicicleta, mas continuei nadando e correndo. Na mesma época, meus pais vieram passar férias e acabei relaxando mais do que devia. A rotina da corrida já não era a mesma e a natação ficou para trás devido aos dias chuvosos comuns nesta época do ano em Aracaju.
Tudo bem, caso eu tivesse retomado os treinos após o retorno dos meus pais.
Iria fazer a Thunder Race que estava marcada para 25 de Setembro em Caiobá, mas a prova foi cancelada.
E ainda no fim de Junho meu cachorro teve úlcera de córnea depois de uma banho no pet shop e foi necessário tratar com colírio de 2 em 2 horas por 15 dias. Mesmo assim foi necessário fazer cirurgia e tratar por mais 30 dias com colírio de 3 em 3 horas nos primeiros 15 dias e depois de 4 em 4 horas. Minha esposa ficou encarregada da pior parte que era acordar de madrugada, mas a situação gera preocupação.
Entrei numa fase de preguiça e desânimo.
Para ajudar, no decorrer de Julho precisei tomar uma decisão em relação ao calendário do projeto Triathlon Ultraman 14. Por falta de verba, decidi postergar a participação no Challenge Wanaka para 2013 e isso também me desanimou.
Para compensar me inscrevi no Cabra da Peste, marcada para 26 de Novembro.
Retornei aos treinos. Mais de um mês parado e depois de uma semana já quiz fazer um treino mais puxado. Pedalei 60 km e sai para correr mais 12 km. No meio da corrida minha perna esquerda começou a amortecer. Depois de acabar a corrida comecei a sentir uma dor na canela, já próximo ao tornozelo. Passei uma pomada anti-inflamatória e a dor permaneceu em menor escala por alguns dias.
Na semana seguinte acompanhei um amigo em seu treino de 18 km. Fiz bem e no final não senti incômodo.
Dois dias depois forcei um treino de corrida de 12 km. No final comecei a sentir uma fisgada na região da virilha da perna direita.
Queria me preparar para uma prova de 6 km e dois dias depois fui fazer tiros. Um total de 10 e no sexto tiro senti novamente a dor na região da virilha. Essa dor me incomodou por umas duas semanas. Não forcei mais e fiz corridas mais leves. Parece que melhorou, pois não senti na corrida de 6 km que participei.
Enfim, não pare.
Se parar perderá a condição física que adquiriu ou que está buscando para determinado objetivo.
Recomecei o trabalho de base, pois percebi que se eu quiser recomeçar nas condições que estava quando relaxei vou forçar o aparecimento de lesões.
Se for necessário, converse com seu técnico e diminua os treinos. Mas não pare por completo.
Siga a planilha e o resultado aparecerá.